terça-feira, 16 de setembro de 2008

O AMOR ACABA

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.

domingo, 29 de junho de 2008

É como se eu quisesse dizer eu te amo

Cynthia, Cynthia...
Apague a luz, feche os olhos e sonhe;
Pois vou dizer o que uma mulher
precisa escutar de um homem:

Onde foi parar essa minha paz...
Nos seus longos cabelos negros
Sonhos de um sorriso tão fugaz
Que deixou repleto o meu peito

Cynthia, Cynthia
Arrebentar sentinelas. E cintilar
O caminho do pecado da maçã
Nutrindo o carinho apaixonado de manhã

Cynthia, Cynthia
Coração vazio não pára em pé
Você conhece os nutrientes
Quando a gente fica assim de repente?

Diz-me de onde você veio
Seus jeans, sua blusa
Diz-me tal qual meu anseio
No seu seio, rasgando a alma nua.

Cynthia, Cynthia
Sinta o suficiente
Para não precisar dizer mais nada.

TOMADO PELO ÁLCOOL

Meu forte foi nunca ter sido amado, amar sempre foi meu castigo!!!!!!!














Sou um poeta sem conteúdo
Sem século e sem séquitos
Don’t let me down
Don’t let me down, porra!

quinta-feira, 26 de junho de 2008

VENTANIA, SÓ POR HOJE E NÃO MAIS

Louco, você lembra aquele trampo que eu usava pendurado no pescoço,
Dizendo que era um símbolo da paz?
Você sabe quem me deu? foi um hippie que morreu...
Hippie, diga onde está o beatnik e um dos punks e skinheads,
Heavy metal, heavy darks, moicanos, bichos grilos,
Gangues de pichadores apareceram
Se na vida tanta idéia e seitas, crenças, gangues,
Filosofias, religiões de povo doido e oposições anarquistas,
Loucos sábios, débios e sonhadores
Vou pegar os meus trampinhos
Sabe, sou maluco de estrada
Não tenho a ver com nada ,vou dar uma caminhada,
Meu chinelo é de pneu
Estou aqui sentado na beira da estrada
Fazendo uma fogueirinha
Enrolando uma palhinha
Escrevendo essas linhas
Vendo o caminhão passar.

Quantas noites sem dormir, olhando da minha janela
Luzes da cidade, viajo o pensamento
Madrugada adentro enquanto muitos dormem
Quantos loucos atearam fogo aceleraram a mente
Viajaram na fumaça louca
Que passando a todos foi de boca em boca
No silêncio sinto essa fumaça me lavar o rosto
Maquinar meu cérebro fazendo louco
Me indagando à noite pela lucidez
Como posso eu parar na noite pra dar mais um trago
Se eu vivo essa lucidez tão louco
Só por mais um pouco eu vou pirar de vez
São os olhos de um poeta louco que contempla a noite
Na palavra certa de um pensamento
Só por um momento de inspiração.

terça-feira, 24 de junho de 2008

SEM RETÓRICA

Lacei uma história,
De um babaquara sem oratória,
Achou que era o tal, e se deu mal,
Chamou de safada
A mulher errada,
Sobrou pra mim tentar afaga-la,
Curtirei mil maravilhas,
Respeitando-a como meu bem,
Querendo-a como ninguém,
Irmanados nas loucuras,
Juntos nas fantasias
Saciados na ternura.
Difícil encontrar,
Mulher espetacular,
De fibra e sensual,
Safadinha mas leal,
Darei meu coração,
Que vai se encarregar
De dar meu amor e paixão,
Amor incondicional,
Amando por igual
Alegre, verdadeiro, picante
Amor safado, amor tolerante.

Perdeu!!!! Ma"x"ão!!!

sexta-feira, 20 de junho de 2008

GROSELHA e LIMÃO II

Da mais alta torre das igrejas ouropretana
A madrinha espreita, a hora de noticiar o fim
olhos brilhantes e sombrios.
Pergunto-me como algo tão belo
Pode dar tamanhos calafrios...

O sorriso que me transporta, é dor
A amargura que me guia, é rancor
O que me toma é orgulho
E o motivo obscuro

Quem me julga por ter coração?
Fui deixado a merce
Num castelo negro e assombrado
Vivendo no escuro e na bruma
Tendo pesadelos, sem guarida alguma
Vivendo com a dor, lado a lado

E durante as noites estreladas
Vejo-me a voar, sorridente
Não por estar contente
Mas pelas noites superadas...

Madrinha minha ex-fadinha
Não te disse que escrever é a arte do ridículo?
Quem mandou eu não dar um jeito em você.

quinta-feira, 19 de junho de 2008

HEY YOU

Ei você,
Aí fora no frio
Ficando sozinha, ficando velha
Você pode me sentir?

Ei você,
De pé no corredor
Com pés sarnentos e sorriso fraco
Você pode me sentir?

Ei você,
Não os ajude a enterrar a luz
Não se entregue sem lutar

Ei você,
Aí fora na sua
Sentada nu ao telefone
Você me tocaria?

Ei você,
Com o ouvido contra o muro
Esperando alguém chamar
Você me tocaria?

Ei você,
Você me ajudaria a carregar a pedra?
Abra seu coração, estou indo para casa

Mas era apenas fantasia
O muro era muito alto, como você pode ver
Não importa o quanto ela tentasse, ela não poderia se libertar
E os vermes comeram seu cérebro

Ei você,
Aí fora na estrada
Fazendo o que te mandam
Você pode me ajudar?

Ei você,
Aí fora além do muro
Quebrando garrafas no corredor
Você pode me ajudar?

Ei você,
Não me diga que não há nenhuma esperança
Juntos nós resistimos, separados nós caimos

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Anjo

Passar todo seu tempo esperando
Por aquela segunda chance,
Por uma oportunidade que deixaria tudo bem
Sempre há um motivo
Para não se sentir bem o suficiente.
E é difícil no fim do dia,
Eu preciso de alguma distração.
Oh, belo descanso
A lembrança vaza das minhas veias...
Deixe-me ficar vazia
E sem peso e talvez
Eu encontrarei alguma paz esta noite.
Nos braços de um anjo,
Voar para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Que você encontre algum conforto lá
Tão cansado de andar na linha,
E para todo lugar que você se vira
Existem abutres e ladrões nas suas costas,
E a tempestade continua se retorcendo.
Você continua construindo a mentira
Que você inventa por causa de tudo que você não tem
Não faz nenhuma diferença
Escapar uma última vez.
É mais fácil acreditar nesta doce loucura, oh
Esta gloriosa tristeza que me deixa de joelhos.
Nos braços de um anjo,
Voar para longe daqui,
Deste escuro e frio quarto de hotel
E da imensidão que você teme.
Você é arrancado das ruínas
De seu devaneio silencioso.
Você está nos braços de um anjo,
Que você encontre algum conforto lá.

Autor: não sei, só sei que é a tradução desta musica ai embaixo. E pra quem tá com "dor de cotovelo" a musica faz arrepiar até o pentelho esquerdo do orifício anal.



quarta-feira, 11 de junho de 2008

Più di me

Sou assim
Dois de mim
Às vezes três
Quatro... cinco... seis
Sou um por mês.

Me diversifico
Tem horas que grito
Vivo num conflito
Mostro ao mundo minha dor
Outras horas, só sei falar de amor

O mais romântico
Melodramático
Estático
Choroso e nervoso
Carente e decadente
Vingativo e inconseqüente

Aí quando menos me percebo
Me transformo em homem cheio de medo
Cheio de reservas
Coberto de sutilezas
Sério e sem defesa

No minuto seguinte
No papel de homem fatal
Viro logo o tal
Aí sou dono do mundo
Seguro e destemido
Altivo e atrevido.

Rasgo meus segredos ao meio
E exponho num roteiro
De poesia ou texto
Agrido, inflamo

Conto o que ninguém tem coragem de contar
Explico detalhes que é bom nem lembrar
Sou assim
Vários de mim

Sorriso por fora
Angústia toda hora
Por dentro um tormento
No rosto nenhum sofrimento
No corpo uma explosão de prazer
Nos olhos, meu desejo deixo perceber

Melhor nem me conhecer
Fique com minhas letras
Com as minhas palavras
Na vida real sou bem mais complicado

Sou mil
E quem tentou, descobriu
Que viver ao meu lado
É viver dentro de um campo minado
Prestes a explodir
Mas quem esteve nele
Nunca quis fugir

domingo, 8 de junho de 2008

Um dia eu aprendo

Um dia você aprende que...
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença, entre dar a mão e acorrentar uma alma.
E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança.
E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas.
E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.
E aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.
Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.
E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam...E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso.
Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.
Descobre que se leva anos para se construir confiança e apenas segundos para destrui-la, e que você pode fazer coisas em um instante, das quais se arrependerá pelo resto da vida.
Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.
E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você é na vida.
E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.
Aprende que não temos que mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam, percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos.
Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas, pode ser a última vez que as vejamos.
Aprende que as circunstâncias e os ambientes tem influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos.
Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que você mesmo pode ser.
Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.
Aprende que não importa onde já chegou, mas onde está indo, mas se você não sabe para onde está indo, qualquer lugar serve.
Aprende que, ou você controla seus atos ou eles o controlarão, e que ser flexível não significa ser fraco ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem dois lados.
Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências.
Aprende que paciência requer muita prática.
Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se.
Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.
Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.
Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não lhe dá o direito de ser cruel.
Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar isso.
Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo.
Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte.
Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores.
E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais.
E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida!
Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar, se não fosse o medo de tentar.
Autor:

quarta-feira, 4 de junho de 2008

愛はしなければならないため!

se amar fosse fácil...
não haveria tanta gente amando mal

nem tanta gente mal amada.

se amar fosse fácil...
não haveria tanta fome

nem tantas guerras


nem gente sem sobrenome.


se amar fosse fácil...


não haveria crianças nas ruas sem ter ninguém


nem haveria orfanatos



porque as famílias serenas adotariam mais filhos



nem filhos mal concebidos


nem esposas mal amadas


nem mixês, nem prostitutas.



e nunca ninguém negaria o que jurou num altar

nem haveria divórcio e nem desquite, jamais...


se amar fosse fácil...



não haveria assaltantes


e as mulheres gestantes não tirariam seu feto


Nem haveria assassinos


nem preços exorbitantes


nem os que ganham demais, nem os que ganham de menos.



se amar fosse fácil...




nem soldados haveria, pois ninguém agrediria



no máximo ajudariam no combate ao cão feroz.




mas o amor é um sentimento que depende de um "eu quero"


seguido de um "eu espero"



e a vontade é rebelde,



o homem, um egoísta que maximiza seu "eu"




Não se ama por ser fácil,
ama-se porque é preciso!

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Tem que ter título?

Abro coração e zíper

Rasgo sentimentos e pele

Arranco confissões e botões

Desarrumo camas e juízos

Prendo em pernas e palavras

Transpiro desejo e poesia

Absorvo suor e gemidos

Entre instintos e insensatas decisões

deixo roupas pelo chão

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Do you wanna die for me?

Oi, querida, oi, cínica
Esfria enquanto eu canto ou choro de tanto
No entanto, encaro a folha em branco
Não pergunte ao pó
De onde vim faz frio, está tenso e é solidão

Tento regar sementes do mundo
Emboco-me, diligência nula
Assento-me e espero
O melhor jeito de caminhar sem rumo

Oi, querida, oi, falsa
Em meu infinito,
não cabe mais que um ferida

Oi, incauta, oi, inculta
Espero o desvanecer da aurora
enquanto o dia não vem...

Oi, cínico, oi, poeta.
Sua esperança, apenas uma lembrança
Um pensamento que vem me buscar
Enquanto eu descanso, a rosa toma minha altura.

Oi, querida, oi, cínica



CRÉDITOS: Bibi Flores e Caiocito (meu ídolo.... rsrsrs)

quinta-feira, 22 de maio de 2008

GROSELHA e LIMÃO

Eu faço as copas
eu ponho as taças
como num flash-back
sem áudio
num tímido orgasmo
musculo inflamado
Escrever é a arte
do ridículo,
entenda...

Madrinha Ouro Preto rainha
sou seu curinga
nesse nosso jogo (só nosso)
E você, madrinha
Tão loirinha minha fadinha...
Ah madrinha
você não tem jeito
se eu não der
um jeito em você.

domingo, 18 de maio de 2008

AZEDUME

Tire esse azedume do meu peito

E com respeito trate minha dor

Se hoje sem você eu sofro tanto

Tens no meu pranto a certeza de um amor

Sei que um dia a rosa da amargura

Fenecerá em razão de um sorriso teu

Então, a usura que um dia sufocou minha alegria

Há de ser o que morreu

Então, a usura que um dia sufocou minha alegria

Há de ser o que morreu

Dai-me outro viés de ilusão

Pois minha paixão

Tu não compras mais com teu olhar

Leva esse sorriso falso embora

Ou fale agora que entendes meu penar

A lágrima que escorre do meu peito

É de direito, pois eu sei que tens um outro alguém

Mas peço pra que um dia se pensares

Em trazer-me seus olhares

Faça porque te convém

Mas peço pra que um dia se pensares

Em trazer-me seus olhares

Faça porque te convém

AZEDUME - LOS HERMANOS

sábado, 17 de maio de 2008

Sweet masturbation psychopathic

Não é nenhuma novidade que o capitalismo não se restringe à exploração econômica e aos limites específicos que impõe ao nosso comportamento e psicologia, atingindo mesmo o âmago de nossos corpos.
Além das óbvias conseqüências sobre um corpo mal-nutrido e das neuroses que nos acometem, o próprio ato diário do trabalho é responsável direto pelas mais diversas doenças.
É enorme a multidão de trabalhadores cuja maior doença é o próprio trabalho. O que ocorre mesmo em setores mais “intelectualizados” como o serviço público. A Aviação, por exemplo, é uma verdadeira fábrica de loucos e de doenças “profissionais” como LER (Lesão por Esforço Repetitivo) e DORT (Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho).
Mas o que eu não conhecia ainda, embora supusesse a existência em algum remoto manicômio ou ilha perdida habitada por náufrago, é a LPR (Lesão por Punheta Repetitiva)! Um amigo meu de longa data me disse ontem em tom de gozação: “de tanto bater punheta, acabei com o punho “fudido” - de tal maneira que teve de colocar uma tala no pulso, que dói “pra caralho” toda vez que pretende punhetear. Fiz um comentário lhe sugerindo que use a outra mão, mas a verdade é que se trata de um típico caso de tendinite resultante de “esforço repetitivo” - especificamente punheta “pra todo lado”, como narra o infeliz. (kkkkkkkkkkkkkkkk)
Esta nossa sociedade autoritária (cujo autoritarismo, amplamente introjetado na maioria das mentes, é a condição necessária para o exercício da submissão da peonada braçal ou intelectual aos “proprietários” privados) não só impõe limites e distorções comportamentais e emocionais à própria prática do sexo, mas chega ao ponto de criar doenças “físicas” decorrentes dela.
O sujeito que chega a bater tanta punheta a ponto de ficar com tendinite é doido ou preso, recolhido à solitária da cadeia ou do hospício, ou é um masturbador obsessivo-compulsivo, ou é vítima da “política sexual” da sociedade capitalista e autoritária vigente.
Como o meu camarada não anda por aí levando a mão ao beiço e fazendo “brrrrrrrurummm”, nem tem o costume de bater carteira alheia, só lhe resta as duas últimas hipóteses. Obsessivo-compulsivo o cara até que é, mas por mulher de carne e osso e não pela simples fantasia que conduz a mão. Várias vezes percorremos uns vários puteiros, na madrugada, a cata da coisa mais linda e gostosa que existe na Terra. Logo é, portanto, mais uma vítima do nefasto sistema.
Além da tradicional exigência de grana, a prática sexual e amorosa da maioria das fêmeas humanas está tão condicionada a exigências, padrões e estereótipos típicos da sociedade autoritária e competitiva que o que vale não é a empatia, nem o tesão imediato que lhe desperte o macho ao lado.
Para privar da cama delas se impõe que o macho da espécie encarne o poder, o dinheiro ou a força física, e a beleza próprias de um campeão olímpico ou ator da TV Globo. Qualquer atributo inferior ou diferente disto, ainda que o tipo seja bonitinho, até bem-humorado e bem falante, ou mesmo um daqueles românticos de novela medieval, é dispensa na certa. E se o sujeito for um dançarino inábil ou não se sujeitar ao jogo de aproximações e desafios amorosos ditados pela dissimulação de sentimentos, aí está completamente fudido. Ou vai às putas, ou só lhe resta mesmo a punheta. Caso em que, se tiver um tesão de doido tarado, o resultado é a tendinite. Isto sem falar nos possíveis calos na palma da mão, o que o igualaria a um trabalhador braçal da roça. A única diferença é o tamanho do cabo da enxada… e da “mandioca” , que, não pertencendo ao agricultor, ao menos está toda “enterrada” no solo.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

FILOSOFANDO COM A BUNDA DE FORA

COISAS DESGASTADAS

Ficar acordado quando se deve estar dormindo.
Dormir quando se deve estar acordado. (escala de trabalho maldita rsrs).
Ficar se “exibindo” batendo punheta no vídeo chat da swing club.
Escrever poesias - Centralizar poesias.
Dizer que nossas idiossincrasias é o charme da nossa genialidade.
Não saber o que é idiossincrasias e ficar preocupado com isso.
Ir ao cinema para ver um filme de comedia pastelão.
Fumar cigarro mentolado.
Criticar pessoas idiotas.
Dizer que é militante de algum movimento
Citar autores não pela sua obra, mas pelo seu nome difícil; ex: Sir Lawrence Alma-Tadema é genial.
Criar comunidade em Orkut.
Dizer que pratica Yoga e não Iôga.
Defender um ponto de vista quando você sabe que está certo.
Escrever coisas coerentes.

COISAS QUE NÃO SE DESGASTAM

Quase bater o carro virando a cabeça para olhar a bunda de uma gostosa passando na calçada.
Arrotar alto e ri do próprio ato.
Falar mal do Brasil.
Ir ao Mineirão para ver o Galo perder.
Comer sorvete misto de casquinha no Mac Donald.
Andar de elevador e escada rolante.
Andar com calça de moletom sem cueca. .
Ler a coleção inteira do Paulo Coelho.
Defender um ponto de vista, mesmo sabendo que ele está errado.

COISAS QUE QUALQUER UM TEM DIREITO DE FAZER, QUALQUER UM MESMO, ATÉ O MAIS IMBECIL.

Pagar para comer uma puta mulher gostosa pelo menos uma vez na vida.
Ler pelo menos um livro na vida.
Dizer uma coisa inteligente numa aula de antropologia.
Dar-lhe um conselho.
Ensinar-lhe algo que você não sabia
Admitir que assisti filme pornô.
Casar
Fazer mecânica aeronáutica.
Defender um ponto de vista sem a menor idéia do que está defendendo.
Saber de cor os nomes de políticos como Dilma Rousseff, Marina Silva, Jorge Viana e Carlos Minc. Mesmo não sabendo quem são essas pessoas.
Escrever ou comentar em blog alheio.
C.C.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

James Blunt - Same Mistake

JU

Se tens insuficiência da tua felicidade vivida;
Se o decrépito veneno é introdução ao circulo de fogo;
E se te atrai tamanhas amarguras sem retorno;

Eu vou ser Escorpião encravado;
Que da sua própria ferida não escapa;
E que perante tão dura realidade;
Vê o seu mundo desabado...

E por ser eu escorpião de verdade;
Vou acompanhar-te na tua sorte;
Porque sem ti fico sem identidade;
E juro-te que vou encontra a saída;

Pois escorpião criva ferrão para a morte;
Mas nosso amor criva estimulo para vida;
Mordidas e beijos, rastos de carne insaciável de prazer;
Com olhares de amor que nos fazem embevecer;

Caminho de luxúria, instante temporal
Que nus embriaga com o cio insaciável do doce licor carnal...

quinta-feira, 24 de abril de 2008






quarta-feira, 2 de abril de 2008

KKKKKKKKKKKKKKKKK não precisa entender

Somewhere Over The Rainbow/What A Wonderful World

domingo, 30 de março de 2008

"A mulher não existe"

Eu nunca conheci a Mulher. Eu já amei e odiei "mulheres". Então por que esse título genérico? Os homens são mais classificáveis do que as mulheres. Não haverá nessa generalização um desejo de faze-las compreensiveis, por medo de sua diversidade? Não existe a Mulher. Existem a mulher de burca, a strip-teaser, amulher sem clitóris, a prostituta, existem a freira, a mãe de familia, existem a perua, a piranha, a modelo, a bondosa, a malvada, existem Eva e Virgem Maria, existem a rica, a pobre, a bela, a histérica, a obsessiva. A "Mulher" talvez tenha sido invenção dos machos.

O maior mistério do mundo é a diferença entre sexo. Há alguns exploradores: viados, sapatões, travestis, Abraão, Carlos Renato, que mergulham nesse mar e voltam de mãos vazias. Nunca saberemos quem é aquele ser com útero, seios, vaginas, clitóris, aquele ser material, bom, terrível quando contrariado no ponto G de sua alma; e elas também nunca saberão o que é um pënis pendurado, um bigodão, um jogo de Atlético e Cruzeiro no Mineirão lotado, um puteiro de beira de estrada, nunca saberão do desamparo do macho em sua frágil onipotëncia ou grossura. Elas jamais saberão como somos.

Lembrando-me de quem amei, vejo que elas queriam ser "descobertas" para elas se conhecerem. queriam ser decifradas por mim, pelos homens, por nossas mãos e bocas. Uma grande obediëncia a elas só as tornava mais raivosas. Muitas vezes cometi esse erro e dancei. Só perdi mulheres por "bondade" e "compreensão". FODAS.

sexta-feira, 28 de março de 2008

NERUDA

Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava
y hace saltar el hijo del fondo de la tierra.


Fuí solo como un túnel. De mí huían los pájaros,
y en mí la noche entraba su invasíon poderosa.
Para sobreviverme te forjé como um arma,
como una flecha en mi arco, como una piedra en mi honda.


Tomba pórem a hora da vingança e eu te amo.
Corpo de pele e musgo, de leite ávido e firme.
Ah os vasos do peito! Ah os olhos de ausëncia!
Ah as rosa do púbis! Ah tua voz lenta e triste!


Cuerpo de mujer mía, percistiré en tu gracia.
Mi sed, mi ansia límite, mi camino indeciso!
Obscuros cauces donde la sed eterna sigue,
yla fatiga sigue, e el dolor infinito.

David Gilmour no violão tocando Shine On You Crazy Diamond, isso é sacanagem, vai ser fera assim não sei onde.

quinta-feira, 27 de março de 2008

TE QUERO BEM SAFADINHA

Quero que tu venhas
Corpo desnudo e alma desarmada.
Na sofreguidão de um desejo
Que permita ser inteiro,
Sem medo, sem pudores
E, principalmente, sem resquícios
Da pseudo-moral abjeta.
Quero que venhas com tesão e desejos.
Que me xingues e me peças
Carinhosamente para que eu te foda.
Nada de preconceitos ou termos tolos.
Xoxota é muito mais gostoso do que vagina.
Grelinho é mais delicado que clitóris.
Pênis? Venha e desfrutes de minha pica.
Teu rabinho soa melhor que nádegas.
Sim, com certeza, eu te quero,
Bem putinha, bem safada, bem vadia.
De amores burocráticos estou de saco cheio.
Aliás, dê uma lambidinha, mas por favor
Esqueça os tais de testículos.
Quero beber teu gozo e esporrar em ti,
Bem melhor do que ejacular.
Vamos fuder gostoso, meu amor.
Estou aqui faminto e sedento.
Mas sem pudores ou temores
Senão parece cartão de ponto.
né ... ?