domingo, 30 de março de 2008

"A mulher não existe"

Eu nunca conheci a Mulher. Eu já amei e odiei "mulheres". Então por que esse título genérico? Os homens são mais classificáveis do que as mulheres. Não haverá nessa generalização um desejo de faze-las compreensiveis, por medo de sua diversidade? Não existe a Mulher. Existem a mulher de burca, a strip-teaser, amulher sem clitóris, a prostituta, existem a freira, a mãe de familia, existem a perua, a piranha, a modelo, a bondosa, a malvada, existem Eva e Virgem Maria, existem a rica, a pobre, a bela, a histérica, a obsessiva. A "Mulher" talvez tenha sido invenção dos machos.

O maior mistério do mundo é a diferença entre sexo. Há alguns exploradores: viados, sapatões, travestis, Abraão, Carlos Renato, que mergulham nesse mar e voltam de mãos vazias. Nunca saberemos quem é aquele ser com útero, seios, vaginas, clitóris, aquele ser material, bom, terrível quando contrariado no ponto G de sua alma; e elas também nunca saberão o que é um pënis pendurado, um bigodão, um jogo de Atlético e Cruzeiro no Mineirão lotado, um puteiro de beira de estrada, nunca saberão do desamparo do macho em sua frágil onipotëncia ou grossura. Elas jamais saberão como somos.

Lembrando-me de quem amei, vejo que elas queriam ser "descobertas" para elas se conhecerem. queriam ser decifradas por mim, pelos homens, por nossas mãos e bocas. Uma grande obediëncia a elas só as tornava mais raivosas. Muitas vezes cometi esse erro e dancei. Só perdi mulheres por "bondade" e "compreensão". FODAS.

sexta-feira, 28 de março de 2008

NERUDA

Cuerpo de mujer, blancas colinas, muslos blancos,
te pareces al mundo en tu actitud de entrega.
Mi cuerpo de labriego salvaje te socava
y hace saltar el hijo del fondo de la tierra.


Fuí solo como un túnel. De mí huían los pájaros,
y en mí la noche entraba su invasíon poderosa.
Para sobreviverme te forjé como um arma,
como una flecha en mi arco, como una piedra en mi honda.


Tomba pórem a hora da vingança e eu te amo.
Corpo de pele e musgo, de leite ávido e firme.
Ah os vasos do peito! Ah os olhos de ausëncia!
Ah as rosa do púbis! Ah tua voz lenta e triste!


Cuerpo de mujer mía, percistiré en tu gracia.
Mi sed, mi ansia límite, mi camino indeciso!
Obscuros cauces donde la sed eterna sigue,
yla fatiga sigue, e el dolor infinito.

David Gilmour no violão tocando Shine On You Crazy Diamond, isso é sacanagem, vai ser fera assim não sei onde.

quinta-feira, 27 de março de 2008

TE QUERO BEM SAFADINHA

Quero que tu venhas
Corpo desnudo e alma desarmada.
Na sofreguidão de um desejo
Que permita ser inteiro,
Sem medo, sem pudores
E, principalmente, sem resquícios
Da pseudo-moral abjeta.
Quero que venhas com tesão e desejos.
Que me xingues e me peças
Carinhosamente para que eu te foda.
Nada de preconceitos ou termos tolos.
Xoxota é muito mais gostoso do que vagina.
Grelinho é mais delicado que clitóris.
Pênis? Venha e desfrutes de minha pica.
Teu rabinho soa melhor que nádegas.
Sim, com certeza, eu te quero,
Bem putinha, bem safada, bem vadia.
De amores burocráticos estou de saco cheio.
Aliás, dê uma lambidinha, mas por favor
Esqueça os tais de testículos.
Quero beber teu gozo e esporrar em ti,
Bem melhor do que ejacular.
Vamos fuder gostoso, meu amor.
Estou aqui faminto e sedento.
Mas sem pudores ou temores
Senão parece cartão de ponto.
né ... ?